SAÚDE SANTOS
Uma guerra pelos canais santistas
No final do século XIX, Santos era uma cidade doente: epidemias, endemias e todo o vocabulário relativo a doenças contagiosas tinha vez nesta terra, por conta dos mosquitos que proliferavam nos extensos pântanos onde hoje fica a Zona Leste (Campo Grande, Macuco, Ponta da Praia, por exemplo) e se encarregavam de transmitir doenças trazidas pelos tripulantes dos inúmeros navios que aportavam no ainda não construído cais santista.
Sujeira, lixo, fezes de animais, cocheiras infectas, o clima quente e úmido, contribuíam para a insalubridade da região e para que, a cada instante, uma doença transmissível matasse até metade da população, ou afugentasse todos os que tivessem a oportunidade de sair dessa urbe. O Centro deixava de ser a zona de luxo, surgindo a tendência do deslocamento populacional para a Vila Nova e logo depois, para as praias, onde o clima era melhor.
Foi nessa época que começaram a ser delineados os projetos urbanísticos de Santos, destacando-se então o trabalho do engenheiro sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito. Mas, havia muitos interesses políticos e econômicos, o que gerou um célebre embate entre esse engenheiro e a Câmara Municipal, do qual dependia todo o futuro planejamento da Cidade. Saturnino venceu, mas não totalmente.
Veja:
[01] Uma guerra pelos canais santistas
[02] Uma paisagem canalizada
[03] A guerra entre Saturnino e a Câmara santista
[04] LIVRO: A Municipalidade de Santos perante a Comissão de Saneamento
[05] LIVRO: Inauguração dos trabalhos de Saneamento de Santos
[06] LIVRO: Álbum Canais de Drenagem Superficial (1906-1907)
[07] Plano de Saturnino de Brito: urbanismo e planejamento urbano entre o discurso e a prática
[08] Centenário dos canais: a obra de Saturnino de Brito
Veja também: Uma cidade de muitos rios Um riacho sob a Avenida Rangel Pestana Inauguração dos canais/estação elevatória Estátua de Saturnino de Brito, 1964 O