Saúde no brasil
Condições de saúde e inovações nas políticas de saúde no
Brasil: o caminho a percorrer
O Brasil é um país grande e complexo que vem passando por diversas transformações econômicas, sociais e ambientais.
Evidenciam-se melhorias importantes nas condições de saúde e na expectativa de vida da população.
Nesta Série de artigos, mostra-se que, a despeito dessas profundas diferenças, a saúde dos brasileiros tem melhorado.
O Brasil se destaca no controle de doenças preveníveis por imunização e do HIV/AIDS, mas outras enfermidades – como a dengue, em particular – têm sido pouco afetadas pelos esforços de controle.
Historicamente, as desigualdades sociais, étnicas e regionais têm afetado a sociedade brasileira, daí não ser surpreendente que o Brasil figure entre os líderes mundiais em termos de desigualdade de renda.
A concentração de renda no Brasil é especialmente elevada, com um coeficiente de Gini atingindo o pico de 0,64 no final da década de 1980, quando o país era o mais desigual do mundo.
A ditadura militar, que se estendeu de 1964 até o final da década de 1980, caracterizou-se por rápido crescimento econômico, aumento da concentração de renda, proteção social inadequada, sistema de saúde fragmentado e escassa participação social em todos ossetores, incluindo a saúde.
O retorno à democracia possibilitou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), no contexto da nova Constituição, de 1988, com participação popular em todos os níveis.1 Ao longo de todo esse período, mudanças se fizeram notar em outros determinantes da saúde, incluindo a urbanização, fertilidade e educação.
Brasil também avançou com um vigoroso movimento de reforma no setor de saúde, que incluiu não apenas acadêmicos e formuladores de políticas e gestores, mas também profissionais da área em todos os níveis, sindicalistas e a sociedade organizada.
Foram preservadas. Um sistema de saúde universal, financiado por impostos gerais e contribuições específicas, foi criado