saúde em Taguatinga
Para observar as condições do sistema de saúde no DF, a Agência Brasil visitou cinco dos principais hospitais públicos na região: o Hospital de Base, no Plano Piloto e principal instituição hospitalar da região; e os hospitais regionais de Taguatinga (HRT), de Ceilândia (HRC), do Gama (HRG) e de Planaltina (HRP), nas respectivas regiões administrativas. Somados, esses cinco hospitais fizeram 25% de todos os atendimentos na rede pública da capital federal nos três primeiros meses de 2013 (603,6 mil). O de Taguatinga foi o que recebeu mais pacientes no período (136,5 mil), seguido pelo de Ceilândia (134,8 mil) e pelo Hospital de Base (129,2 mil).
No caso do Hospital Regional de Taguatinga, que atendeu o maior número de pessoas, a expectativa para o atendimento de um paciente que chega por volta das 8h da manhã, sentindo dores, mas sem risco iminente de morte, é na madrugada do dia seguinte, informaram atendentes que pediram para não ser identificados. No dia da visita da Agência Brasil , havia cerca de 200 pessoas aguardando na emergência, e apenas um médico e dois profissionais para fazer triagem, segundo as atendentes. Elas, dependendo do caso, orientam o paciente a ir à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para ser examinado mais rapidamente, em vez de esperar no hospital.
“Eu não gosto de vir aqui, só venho em último caso porque o atendimento demora muito”, disse Edalina da Silva, 43 anos, que acompanhava o filho de 7 anos. O coordenador-geral de Saúde de Taguatinga, Otavio Rodrigues, explicou que há, em média, três ou quatro médicos na Emergência, dependendo da especialidade e do turno. Em relação à demora para o atendimento, ele informou que as consultas são feitas de acordo com a classificação de risco. Além disso, destacou que a quantidade de pacientes que precisam de atendimento primário é muito grande.
Sobre as condições do hospital, também há reclamações a respeito de falta de médicos, leitos e materiais