Saúde do homem
É provável que para o homem, pedir ajuda, significa declarar uma fragilidade que não faz parte de sua personalidade. O homem precisa manter a aparência de forte perante todos, por isso, tem dificuldade em procurar os cuidados médicos e de ser assistido já que foram criados para assistir e prover. Neste sentido, o presente estudo busca responder ao seguinte problema de pesquisa: Como se apresenta essa dificuldade de procurar os serviços de saúde para o homem? A pesquisa tem como objetivo compreender a menor procura, por parte dos homens, aos serviços de saúde. Trata-se de uma revisão bibliográfica atual sobre o tema. A motivação para a pesquisa decorre de estudos realizados acerca da constituição da identidade masculina. Nesse contexto, vários pontos me chamaram a atenção, entre eles, estava o de aprofundar o estudo sobre as doenças que mais acometem os homens; que causas levariam o homem a adoecer e a morrer mais que as mulheres e entender qual o significado que tem para o homem procurar a ajuda dos serviços de saúde. De acordo com Braz (2005, p. 98), “a temática relacionada à saúde masculina tem sido pouco abordada e discutida em contraposição à saúde da mulher, objeto de políticas públicas e de variadas investigações”. Daremos enfoque ao homem, pois ele, assim como a mulher, sofre as consequências da construção de sua subjetividade. Vale ressaltar que é de suma importância, também, investigar sobre a saúde do homem, uma vez que, atualmente esta temática tem recebido bem menos atenção da sociedade como um todo. Quando se fala em programas de saúde, identificamos uma maior preocupação com a saúde da mulher, uma vez que é comum encontrarmos programas visando à redução das mortes materna e infantil, programa de acompanhamento pré-natal de gestantes, programas de combate ao câncer do colo uterino e câncer de mama, entre outros. Direcionar o olhar ao homem significa, como bem colocam Paschoalick, Lacerda e Centa (2006, p. 81),