Saúde da mulher
A psicóloga Ana Maria Cabrera, que tratou de Patrícia durante dois anos e meio, se enquadra no grupo avaliado e atende pacientes que desenvolvem doenças devido ao excesso de trabalho. A especialista conta que já chegou a trabalhar mais de 10 horas diárias no consultório, além de ministrar cursos e palestras que ocupavam cerca de três horas do seu dia. Ana Maria, no entanto, nunca teve doenças devido ao excesso de trabalho, pois para ela o trabalho sempre foi algo muito gratificante: "Sempre gostei muito do meu trabalho e me dedicava a ele da mesma forma, antes de me separar do meu ex-marido. Além disso, tinha que me manter e sustentar minha filha. A única coisa que me sentia culpada era de não poder estar presente em alguns momentos da infância dela, como levá-la às aulas de inglês e aos treinos de vôlei", conta.
A pesquisa também constatou que o ambiente de trabalho inadequado, a insatisfação com o emprego, os baixos salários e as horas extras contribuem para o aumento de tais problemas. Segundo a psicóloga, muitas de suas pacientes têm estresse, enxaqueca e somatizam doenças físicas por desgaste no trabalho. "Pude constatar que a maioria delas não trabalha no que gosta ou está insatisfeita com o emprego. Essas mulheres não têm objetivo de vida, algo pelo qual valha a pena lutar. Quando elas se conscientizam do problema e procuram o que gostam, as doenças tendem a desaparecer, dando espaço à alegria", afirma ela.
Marcelly Pimentel aposta nas terapias alternativas para amenizar o problema, como a ioga e a meditação, e acredita que as mulheres se sentem obrigadas a se dedicar mais ao mercado de trabalho do que os homens. "A mulher tem que se impor mais. Por ser considerada "sexo frágil", acaba sendo "pisoteada". Ela