Saúde coletiva, atividade física e qualidade de vida
REVISTA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
ISSN 0102 - 8464
ARTIGO ORIGINAL
O TREINAMENTO FÍSICO MILITAR E SEUS EFEITOS NA APTIDÃO FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DO SOLDADO
João Batista de Andrade Neto1
RESUMO: Este estudo objetivou analisar os efeitos do treinamento físico militar na aptidão física e a relação desta com qualidade de vida dos soldados incorporados no ano de 2010 no 2º Batalhão de Fronteira em Cáceres/MT. Caracterizou-se como uma pesquisa do tipo descritiva. Participaram do mesmo 229 (duzentos e vinte e nove) Soldados, sendo que, 30 (trinta), com idade entre 19 e 20 anos, incorporados no ano de 2010. A aptidão física foi determinada com base nos resultados obtidos nos Testes de Avaliações Físicas (TAF) que são: flexão de braço e flexão na barra (força), flexão e extensão de abdômen (RMLA) e resistência aeróbica (teste dos 12 minutos), que foram realizados três vezes no ano de 2010. Para determinação da percepção de qualidade de vida foi utilizado o questionário Whoqol-Bref. Os dados foram analisados através da média e desvio padrão. As diferenças entre pré e pós-testes foram estimadas através do teste “t” de Student. O Treinamento Físico Militar (TFM) melhorou, significativamente (p≤0,05), as variáveis força (flexão de braços) e RMLA e manteve a resistência aeróbica que os soldados já possuíam antes de iniciar o referido treinamento, assim como a força (flexão na barra). A qualidade de vida dos soldados nos domínios: físico, psicológico e social apresentaram valores acima de 60% o que indica uma boa qualidade de vida. Entretanto no domínio “Meio Ambiente” os mesmos apresentaram escores baixos. A qualidade de vida geral dos soldados foi considerada “boa”. Não observou-se associação significativa da aptidão física com a qualidade de vida dos soldados. Desta forma foi possível concluir que o TFM contribui para aptidão física dos soldados, sendo que a mesma não se associou significativamente