saude
É sábado à noite e você não está aqui. O dia foi chato e a noite segue na mesma direção. Tento arrumar os lençóis e o travesseiro na minha cama para preencher parcialmente o vazio que você deixa, mas nem um travesseiro de penas de cisnes é capaz de ser tão confortável quanto estar no seu abraço, no seu peito.
Objetos podem até quase preencher os espaços físicos, mas minha alma e meu coração não são bobos e acusam o tempo todo, os detalhes que estão faltando quando você não está aqui. E eles sofrem e clamam sua presença, seu amor, você. Porque quando você falta, falta cor, falta luz, falta calor. Quando você não vem o dia é feio, a tarde é sem graça e a noite fosca. Se você não está aqui, eu sou vazia, porque a metade de mim que ainda me habita, foge para se juntar a você onde quer que você esteja.
E a sua falta me dói, dói como cortar a dobrinha do dedo com papel, dói como bater o mindinho na quina da cama, dói como pisar em um espinho e não conseguir tirá-lo, dores que parece que não conseguimos esquecer, dores que parece que nunca passarão.
Sem você aqui, nada que eu como é bom, porque sinto falta do seu gosto, nenhum cheiro é bom, porque queria sentir o seu cheirinho, nada que eu vejo é bom, porque só queria ver seu rosto pertinho do meu sorrindo pra mim, nada do que eu ouço é bom, porque meu desejo é sua voz juntinho do meu ouvido me dizendo “te amo Minha Pequena”.
Vejo nossas fotos, volto pra cada dia e, como um filme, revivo os momentos na minha cabeça. Sinto o cheiro do mar como no dia da sua primeira vez aqui, lembro da urgência do que sentimos naquele dia e das minhas preces para que aquele dia não acabasse nunca, ouço nossas risadas juntas, relembro a sensação que foi te ter aqui e revejo sua cara de preguiça da primeira vez que acordamos juntos.
Repasso os momentos que cada foto me recorda e isso me faz bem. Me faz lembrar que sempre aproveitamos nossos momentos juntos da melhor forma possível. E a falta? Está comigo, sendo chata e