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Jovens, na busca de novas emoções, se aventuram na perigosa ingestão de “drogas” vendidas em farmácias.
O cloridrato de benzidamina (Benflogin) é um anti-inflamatório indicado para a região da orofaringe, doenças periodontais, combate a infecções e para acalmar coceiras em crianças. A dose máxima diária indicada é de 200 mg.
Mas a ingestão acima deste valor (500 mg) ministrada com bebidas alcoólicas pode causar alucinações. Esses efeitos chamaram a atenção de jovens que desejam se divertir sem nenhuma responsabilidade.
O cloridrato de benzidamina, quando ingerido em excesso, proporciona efeitos psicoativos em razão da produção e liberação de dopamina no cérebro. Neste instante a atividade no sistema límbico (responsável pela memória e emoções) é acelerada, e o usuário experimenta alterações da percepção da realidade e alucinações visuais.
Mas o pior vem depois, quando acaba o estoque de dopamina. Instantes após o uso da droga, a pessoa sente cansaço, sonolência, irritação, tonturas, dores de estômago e falta de apetite. Gastrite, úlcera, sangramento intestinal, convulsões e falência dos rins são sintomas provenientes do uso prolongado desse medicamento.
O uso de Benflogin nas doses prescritas pelos médicos (200 mg/dia) é considerado seguro, e a própria bula traz as advertências e efeitos adversos: o medicamento não deve ser associado a bebidas alcoólicas e a superdosagem causa alucinação.
O que poderia evitar a má administração do remédio seria um controle sobre a produção e distribuição. A venda de medicamentos de tarja vermelha só pode ser feita com receita médica. Dessa forma, o comércio e o uso, sem a prescrição médica, deveriam ser