SAUDE
INSERÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL EM SAÚDE MENTAL: EM FOCO O
TRABALHO COM AS FAMÍLIAS
Lucia Cristina dos Santos Rosa1
Tânia Maria Ferreira Silva Melo2
RESUMO
O objetivo do presente texto é iniciar uma análise das diferentes inserções dos assistentes sociais na área da saúde mental, a partir da implementação do Movimento da
Reforma Psiquiátrica Brasileira, tendo por destaque a atuação com os grupos familiares.
Tem por base o resgate da literatura profissional e a experiência docente a partir da realidade nordestina. No contexto reformista as ações dos assistentes sociais encontramse em processo de construção, exigindo maiores sistematizações e aprofundamentos.
PALAVRAS-CHAVE: Serviço Social; Saúde Mental; Práticas Profissionais.
1. MOVIMENTO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA, O QUE HÁ
DE NOVO NA SAÚDE MENTAL?
A inserção do assistente social em saúde mental no Brasil, a partir dos anos 90 tem por determinante o processo de desinstitucionalização da pessoa com transtorno mental, isto é, todo um processo de “crítica epistemológica ao saber médico constituinte da psiquiatria” (AMARANTE, 1996, p. 22) e a todo aparato que deu suporte à institucionalização do modelo hospitalocêntrico de atenção a este segmento social, ou seja, todo arcabouço legal, técnico, administrativo e interventivo da psiquiatria clássica.
Supracitado processo deu origem à reforma psiquiátrica brasileira conceituada como “conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais em
1
Doutora em Serviço Social pela UFRJ. Docente do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do
Piauí
2
Mestre em Políticas Públicas pela UFPI. Docente do Curso de Serviço Social do Instituto Camilo Filho.
Assistente Social do Caps II Leste da Fundação Municipal de Saúde – Teresina–PI
Revista Serviço Social & Saúde. UNICAMP Campinas, v. VIIVIII, n. 78, Dez. 2009
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torno do “louco” e da “loucura”, mas especialmente em torno das políticas públicas para