saude
Há alguns dias, uma pessoa disse à imprensa que não se importa com as futuras gerações e, sim, com os recursos financeiros que resultam da atividade da qual depende. Quando comecei a atuar na Polícia Ostensiva de Proteção Ambiental da Brigada Militar, cursos de especialização me possibilitaram o primeiro contato com uma atividade de capital importância para a sobrevivência das futuras gerações, com racional utilização dos recursos naturais renováveis ou não, com o progresso inerente à escalada humana na biosfera: o desenvolvimento sustentável.
Poderia discorrer sobre os efeitos das medidas contrárias a este desiderato por parte de seres com o foco voltado ao lucro proveniente do (mau) uso dos recursos que pertencem a todos. Surgiriam contrapontos e apoios e até posições que beirariam ao ideológico, mas me detenho ao aspecto social e fraternal de amor às próximas gerações que se depreende ao concebermos o desenvolvimento sustentável como uma forma de progredirmos na senda da matéria, e, ao mesmo tempo, respeitarmos as gerações que vão nos suceder no tempo.
Desenvolvimento sustentável é a “utilização dos recursos naturais renováveis em prol da qualidade de vida das atuais gerações, sem prescindir da responsabilidade em possibilitar às gerações futuras, no mínimo, a mesma qualidade hoje existente.” Ao me aprofundar no aspecto “sem prescindir da responsabilidade” constatei que, antes de ser uma medida que contemplaria materialmente os “estranhos” que viriam após o meu desenlace do mundo material, está diretamente relacionada aos “estranhos” que a minha descendência produziria, ou seja, os netos dos meus tataranetos – seres amados que eu jamais poderei visitar, senão pelo sinal de amor que lhes haveria deixado como herança: o meio ambiente protegido, respeitado e produtivo, permitindo-lhes uma existência de qualidade.
O mundo não nos pertence, mas, sim, à saga da humanidade. Nós, os precursores,