saude
Com a Reforma Psiquiátrica, a forma de tratamento da chamada “doença mental” sofre uma mudança radical na busca de oferecer novos caminhos no sentido de evitar a segregação e a cronificação do doente mental em longas internações. O antigo modelo (biomédico/asilar) tinha na hospitalização seu único recurso,enquanto nesta perspectiva a internação passa a ser um recurso necessário apenas eventualmente(Tenório,2001).
O processo de desconstrução desse modelo implicou na implantação de serviços que dessem conta de prestar assistência psiquiátrica diferenciada com novas experiências que demonstrassem ser possível o cuidado sem a necessidade do asilamento, da hospitalização,da violência,da segregação e da discriminação demonstrando ser possível uma pratica psiquiátrica com novas dimensões ,novas subjetividades ,produzindo vida e não morte.
Para cumprir esse objetivo,o movimento da reforma propõe a extinção progressiva dos manicômios e a implantação simultânea de serviços substitutivos tais como ambulatório ampliado,hospital-dia,centros de convivência,serviço residencial terapêutico,leitos em hospital geral e outras formas de intervenção.
Lembrando que as mudanças não podem ser reduzidas apenas ao âmbito assistencial, elas precisam ser também estruturais e isso requer importantes articulações com o campo cultural construindo novas idéias e posturas a cerca da loucura. Amarante (2007) propõe que o campo da saúde mental não deve ser pensado como um modelo fechado,mas como um processo em desenvolvimento e como tal em constante transformação.
A partir da reforma psiquiátrica,rompe-se com o paradigma tradicional abrindo espaços para diferentes saberes que se entrelaçam de modo complexo e intersetorial, buscando abordagens e intervenções terapêuticas que possam beneficiar o indivíduo em sofrimento mental, e é neste contexto que a psicanálise entra para ser aliada deste processo
A Psicanálise no contexto da saúde