saude e informação
Quanto maior a complexidade das ações decorrentes de um processo decisório, mais complexo o sistema de informações necessário para apoiá-las.
Os atos de Saúde, por mais simples que sejam, têm um alto grau de complexidade. A interação de um médico com o seu paciente, mesmo que a limitemos ao ato diagnóstico e terapêutico, por si só, é complexa.
As organizações hospitalares atendem a centenas ou milhares de pacientes diariamente, para os quais oferecem milhares de procedimentos distintos. Um encontro, resulta tipicamente, em um novo conjunto de procedimentos e encontros, que levam a novos procedimentos e encontros, sempre de maneira personalizada. Nenhuma outra área da atividade humana apresenta tal complexidade. Além disso, existe ainda pouca aplicação de melhores práticas, e do conceito de “cadeia de valor” nas atividades de saúde. Este mercado é muito fragmentado, principalmente no Brasil, com cerca de 6.400 hospitais, e 1.100 operadoras de planos de saúde. São, em sua grande maioria, empresas pequenas com baixa capacidade de gestão.
Esta fragmentação leva a que os pacientes sejam submetidos a procedimentos desnecessários ou redundantes, não necessariamente por má-fé, mas principalmente por desorganização dos atores do mercado de saúde e, definitivamente por falta de informação sobre procedimentos solicitados, realizados e os resultados correspondentes.
A maior dificuldade, no entanto, advém da complexidade da informação em saúde. Por motivos históricos, cada grupo, escola ou organização envolvido com as ações de saúde tendeu a desenvolver conjuntos próprios de vocabulários, nomenclaturas e terminologias para atender a seus interesses imediatos e específicos, isoladamente. Ainda que legítimo e bem intencionado, este processo resultou em grande diversidade de termos e métodos para descrever os objetos presentes na atividade de saúde, como procedimentos, medicamentos e diagnósticos, para citar