saude e doença mental
Professora Dorotéa Santana de Andrade
Disciplina: Desenvolvimento Psicológico e Saúde Mental
DALGALARRONDO, Paulo Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2.ed. Porto
Alegre: Artmed, 2008: A orientação e suas alterações. P.109-113; A memória e suas alterações.
P.137-154.
A ORIENTAÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES
DEFINIÇÕES BÁSICAS
A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é elemento básico da atividade mental. A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações do nível de consciência. Além disso, as alterações da orientação também podem ser decorrentes de déficits de memória (como nas demências) e de qualquer transtorno mental grave que desorganize o funcionamento mental global.
Muitas vezes, verifica-se que um paciente com nível de consciência que parece normal está, de fato, com a consciência ligeiramente turva e rebaixada. Assim, ao investigar a orientação desse indivíduo, é verificado que ele se acha desorientado quanto ao tempo e ao espaço.
A capacidade de orientar-se requer, de forma consistente, a integração das capacidades de atenção, percepção e memória. Alterações da atenção e retenção (memória imediata e recente) apenas um pouco mais intensas do que leves costumam resultar em alterações globais da orientação. Além disso, a orientação é excepcionalmente vulnerável aos efeitos da disfunção ou do dano cerebral. A desorientação é um dos sintomas mais frequentes das doenças cerebrais.
Apesar disso, a orientação preservada não significa obrigatoriamente que o sujeito não apresente qualquer alteração cognitiva ou atencional (Lesak, 1995).
A capacidade de orientar-se é classificada em orientação autopsíquica e alopsíquica. A orientação autopsíquica é a orientação do indivíduo em relação a si mesmo. Revela se o sujeito sabe quem é: nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil, etc. Já a orientação alopsíquica diz respeito à capacidade de orientar-se