Saude mental do trabalhador
A Saúde do Trabalhador constitui uma área da Saúde Pública que tem como objeto de estudo e intervenção as relações entre o trabalho e a saúde. Entre os determinantes da saúde do trabalhador estão compreendidos os condicionantes sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida e os fatores de risco ocupacionais – físicos, químicos, biológicos, mecânicos e aqueles decorrentes da organização laboral – presentes nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador têm como foco as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações saúde-trabalho em toda a sua complexidade (HELOANI, CAPITÃO, 2003).
Sendo importante dispensar atenção não somente às manifestações físicas de interferência na saúde do trabalhador, mas também estar atento a todas as manifestações psíquicas que irão interferir na atividade laboral do mesmo.
A mente humana vem sendo estudada a séculos, e é muito mais complexa do que se pode imaginar, porém muitos estudiosos tentam entendê-la, pois é comum que um distúrbio funcional com repercussões importantes nas atividades cotidianas seja o primeiro sinal visível, e muitas vezes ignorado, da presença de processos mórbidos nos indivíduos. O conceito de saúde mental deve envolver o homem no seu todo biopsicossocial, o contexto social em que está inserido assim como a fase de desenvolvimento em que se encontra. Neste sentido, podemos considerar a saúde mental como um equilíbrio dinâmico que resulta da interação do indivíduo com seu meio interno e externo; as suas características orgânicas e os seus antecedentes pessoais e familiares (FONSECA, 1985). Em uma abordagem à influência de fatores sociais na saúde mental, foi referido que a saúde mental deixou de ser a ausência de doença, problemas mentais e psíquicos, mas sim a percepção e consciência dos mesmos (URIBE VASCO et al, 1994). O Exame Mínimo do Estado Mental (MEEM) é provavelmente o instrumento mais