Saude da família

Formação de recursos humanos em saúde: paradoxos e perspectivas
Referência: Gil,R.R.C. Formação de Recursos Humanos em saúde da Família:paradoxos e perspectivas. Cad.Saúde Pública,Rio de Janeiro, 2005; p490-498.
O programa de saúde da família teve origem em 1994, tendo como um dos principais objetivos a reorientação das práticas no nível de assistência. Ela vai de encontro ao debate ao processo de mudança de paradigma que orienta o modelo de atenção a saúde vigente e que vem sendo enfrentada como a supervalorização das práticas de medicina curativa, especializada e hospitalar,que induz ao excesso de procedimentos medicamentosos e tecnológicos e na fragmentação do cuidado, diante disso é necessário criar um novo modo de fazer saúde. Tem sido constatado que o perfil dos profissionais formados não é adequado para uma atuação integral, os profissionais da atenção primária lidam com uma variedade mais ampla de problemas, como estão mais próximos do ambiente do paciente, estão em uma posição melhor para avaliar o papel dos determinantes da saúde doença, por isso é muito importante investimento nas políticas de recursos humanos voltadas as necessidades de profissionais que atuam nas equipes, nesse sentido o ministério da saúde criou em 1998 os pólos de capacitação, formação e educação permanente em saúde da família, visando a capacitação das equipes para o cuidado integral, incentivou também a implementação de cursos de pós graduação e residência multiprofissional em saúde da família, os autores verificaram que os primeiros cursos ofertados pelo ministério da saúde foram praticados por profissionais jovens com menos de 30 anos, majoritariamente do sexo feminino e enfermeiros, com até 5 anos de formados e portadores de vínculos informais ou inseridos no PSF através de vínculos precários, o que ocasiona fragilidade nos vínculos e insegurança nas equipes, o médico se fez menos presente, este fato reintera a necessidade de pensar estratégias específicas para atrair o médico