Saude Coletiva
A expectativa e qualidade de vida aumentadas da população brasileira contribuem para o surgimento de doenças específicas da velhice, principalmente relacionadas à interação sistêmica com o aparelho estomatognático, havendo a necessidade de incentivos em saúde por meio de programas governamentais de acesso ao tratamento odontológico para esse grupo populacional. De acordo com a Política Nacional de Saúde do Idoso, o atendimento na atenção básica domiciliar tem como objetivo promover a integração com os demais níveis de atenção e garantir a integralidade por meio da aplicação de modalidades que atendam às necessidades dessa população, a partir de condutas multidisciplinares, sempre que possível. Atendimentos domiciliares são caracterizados pela ida do profissional da saúde na residência dos pacientes, bem como no ambiente em que vivem, sendo considerado um método para o estabelecimento de um plano assistencial voltado à prevenção, recuperação (reabilitação) e manutenção da saúde, principalmente de idosos semi e dependentes. Essa prática contribui na manutenção do estímulo do idoso à vida, além da efetiva participação familiar nas condutas multidisciplinares e de orientações aos idosos e cuidadores. A odontologia domiciliar pode ser considerada como mais uma área de atuação odontológica a ser realizada pelo cirurgião-dentista, com ênfase multidisciplinar, em que se avalia o paciente como um todo e contribui na promoção de uma qualidade de vida saudável e funcional, quando possível, para essas pessoas. Diante dessa emergente oportunidade de prática odontológica geriátrica, pouco explorada pelo cirurgião-dentista, falta de estudos específicos e de relatos clínicos multidisciplinares, o presente estudo tem como objetivo, por meio de uma revisão de literatura, abordar os principais aspectos relacionados ao atendimento odontológico domiciliar aos idosos semi e dependentes. A necessidade do atendimento odontológico domiciliar tem mostrado muita efetividade, pois