Saude coletiva

Uma das afirmações mais recorrentes é dizer que o SUS está falido. O SUS não está falido. A respeito dos problemas enormes que o SUS tem e que precisam ser corrigidos, problemas de toda ordem, técnica e gerenciais, ele não é um sistema falido, porque não está falido um sistema que produz 12 milhões de internações por ano, que propicia mais de 2 milhões de partos e possui cerca de 6 mil hospitais contratados. Gerir toda essa estrutura num pais como o Brasil, não é fácil, são necessários melhores administradores para que esse sistema possa ser gerido de forma correta, e assim começar a dar melhores resultados a população, como uma melhora no bem-estar da população que necessita dos serviços prestados por esse sistema.
É um engano imaginar um sistema de saúde que só trate da questão estrita da assistência médica, ele tem de apresentar uma concepção mais ampla. É claro que o objeto fundamental dele vai ser o cuidado com a saúde das pessoas, que vai além da assistência médica, tem outras dimensões, mas ele tem de procurar contemplar o contexto social no qual está inserido. Por exemplo, no Brasil um dos principais problemas da sociedade é a desigualdade e é a exclusão social. Assim, ao se delinear o como fazer, tem de incorporar esses elementos, para ter eficácia social, que é outro conceito não muito difundido entre nós. No Brasil, não se pensa socialmente, não se formula socialmente e ainda nos encontramos em estágios muito elementares no que toca às políticas de saúde. Pois, as políticas de saúde são apropriadas pelos governos, como se fossem deles e não da sociedade, para o bem e para o mal, não importa. A falta de informação sobre um sistema tão grandioso como o SUS, faz grande parte das pessoas na sociedade pensarem que ele se resume unicamente a hospitais públicos ou até chegam pensar que nunca fizeram uso desse sistema, mas, segundo a Legislação e normas pertinentes ao SUS, que está presente na constituição da república federativa do Brasil -1988, toda a