satiras a organização
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16/09/09
A Sátira Organizacional
Como se explica o fascínio exercido pelos livros de sátira organizacional, até mesmo sobre o público em geral? Será sinal de fraqueza ou sadomasoquismo dos executivos, que parecem aceitar e derivar a satisfação psicológica das criticas contundentes que lhes são feitas? Será a expressão de desalento do cidadão comum contra a desumanização das organizações?
Tais livros parecem indicar o aparecimento de um submundo na cultura organizacional. Na verdade, os livros satíricos divertem, porque não atacam profundamente; ficam na “perfumaria”, na superficialidade, e não na estrutura fundamental das organizações. São semelhantes a alguns programas humorísticos de critica política e social – divertem, mas não deixam ninguém intranqüilo quanto à manutenção do status quo e do establisment.
Os seus autores, como muitos de nossos consultores-espetáculo, são os bobos da corte das organizações de hoje. O papel deles é parecer crítico, mas nem tanto, para não ferir ninguém nem derramar sangue.
Tais livros fazem o executivo rir de si mesmo, sentir-se recompensado pela sua “capacidade de aceitar criticas”, mostrar-se aberto e democrático.
Na Idade Média, os bobos da corte, como boa parte dos atuais críticos sociais (entre ele os nossos humoristas da televisão), restringiam as suas críticas aos “modos e maneiras”, evitando mergulhos de maior profundidade no conteúdo e na substância da realidade social da época. Hoje é a mesma coisa – focalizam-se os efeitos e não as causas, as aparências e não a essência dos males que assolam a sociedade. E assim divertem, mas nada mudam.
Em geral, os autores de texto de sátira organizacional são executivos bem-sucedidos, que se julgam críticos