Sarna sarcoptica
A sarna sarcóptica é causada por diferentes variedades de
Sarcoptes scabiei, que recebem a denominação conforme o hospedeiro que estão parasitando. É uma ectoparasitose profunda e as fêmeas de S. scabiei encontram-se em galerias na epiderme de diversos mamíferos domésticos, silvestres e, inclusive, do homem.
Diversos mamíferos podem ser infestados pelo ácaro, porém, a infecção cruzada entre diferentes espécies de hospedeiros é limitada, originando um quadro de dermatite localizada, autolimitante e de cura espontânea. Os sinais clínicos da sarna sarcóptica em animais domésticos são lesões máculo-papulares esparsas localizadas nas regiões de pele hirsuta.
Prurido intenso evidente, com consequente arranhadura, escoriação e inflamação da pele. Se a sarna não for tratada observa-se, frequentemente, perda de pelo, descamação, e formação de crostas com exsudato seco de soro na pele.
O tratamento da sarna sarcóptica é realizado com diversos tipos de produtos acaricidas e de diferentes graus de sucesso. Atualmente, surgiram relatos de seres humanos e animais apresentando quadros clínicos clássicos de sarna sarcóptica, refratários às terapias rotineiras e convencionais, ressaltando a necessidade de terapias alternativas. Os acaricidas sintéticos determinam contaminação ambiental e infligem riscos a saúde humana, com isso os tratamentos fitoterápicos vêm ascendendo em medicina veterinária e já demonstram resultados satisfatórios.
Tratamentos convencionais
Formamidinas
As formamidinas são um grupo recente de acaricidas, sintetizadas na Inglaterra em 1969. No Brasil, sua utilização teve início principalmente em
1980 e permanece até os dias atuais como um dos tratamentos de eleição para eliminação de ácaros e carrapatos.
O grupo em questão exerce seus efeitos por meio da inibição da enzima monoamina oxidase. A monoamina oxidase é responsável pelo metabolismo das aminas neurotransmissoras (serotonina e noreprinefrina)