sapos e seus amigos
82 Março 2011 I Pais & Filhos I www.paisefilhos.pt
Vasco Flores Cruz
1. A fecundação nos anfíbios é externa, na água. O desafio do macho é agarrar uma fêmea e ficar na posição certa para fecundar os óvulos, à medida que esta os põe na água, protegidos por gelatina. Tudo se consegue com um abraço.
2. A postura é uma gelatina de ovos (óvulos fecundados), centenas ou milhares, consoante a espécie, pois muitos servirão de alimento a seres aquáticos como os tritões e as cobras de água.
3. O sapo-parteiro tem outra estratégia: poucos ovos, mas bem protegidos. Carrega os ovos às costas e só na altura da eclosão os põe na água.
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4. Os girinos (ou larvas) nascem passado alguns dias.
Parecem peixes: têm uma cauda natatória e respiram por brânquias internas.
Alimentam-se de restos de algas, fungos e detritos.
E são comidos por insectos aquáticos e peixes.
5. Crescem e transformam-se.
Primeiro aparecem as patas traseiras. 6. As patas dianteiras aparecem depois e as brânquias são substituídas por pulmões. A córnea permite-
-lhe agora ver fora de água.
O intestino longo de herbívoro passa a curto de carnívoro. A cauda regride, completando a metamorfose.
7. O tenro juvenil sai timidamente do ventre da água, equipado para a vida terrestre. Leva ainda um bocadinho de cauda que continuará a alimentá-lo durante a sua dispersão.
8. Uma vez adulto, esconde-se e espera pelas primeiras chuvas do Outono para sair do seu refúgio.
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Sapo-comum (Bufo bufo). A cabeça ilustra o seu grande porte. As fêmeas têm 20cm!
Vasco Flores Cruz
Durante o dia ficam escondidos no aconchego da humidade, em buracos que escavam, debaixo de troncos e pedras, ou dentro de pequenas tocas de ratinhos e musaranhos. Porque, como qualquer bom anfíbio, têm a pele húmida, a qual produz secreções que os protegem dos predadores e de doenças e também lhes permite respirar. As relas têm a pele mais ou