sao tomé e príncipe
Desde cedo (por volta do ano de 1500) os portugueses dedicaram-se ao cultivo da cana-de-açúcar, que encontrava condições favoráveis no clima de S. Tomé. Rapidamente surgiram mais de 60 engenhos produtores de açúcar, que era exportado para a Europa. Outras fontes de rendimento eram a produção de pimenta e a exportação de madeiras. Ao mesmo tempo, devido à sua localização, S. Tomé funcionava como entreposto comercial entre África, Europa e, mais tarde, o Brasil. A população era constituída por várias camadas sociais: os grandes senhores portugueses, o clero, outros colonos portugueses, os escravos (necessários em grande quantidade para a produção de açúcar e que foram sendo importados do continente africano) e os forros (escravos dos primeiros colonos e os seus descendentes, assim chamados por lhes ter sido concedida por D. Manuel I a libertação através de uma carta de alforria).
No final do século XVI a ilha vive um período de bastante instabilidade com revoltas dos Angolares (população que habitava a zona sul da ilha de S. Tomé; composta por escravos sobreviventes do naufrágio de um navio negreiro para alguns autores ou nativos da ilha para outros), a quem se juntavam os escravos que trabalhavam nos engenhos de açúcar; ataques de corsários originários de outras potências europeias (nomeadamente a França e a Holanda); e a luta pelo