sao paulo
Práticas pedagógicas e expectativas das crianças e familiares relacionadas à transição da creche para pré-escola
Dayane Fleming Oliveira
Mônica Appezzato Pinazza
Este artigo refere-se a uma pesquisa de Iniciação Científica acerca do processo de integração entre a creche e a pré-escola, atualmente denominadas pela Prefeitura Municipal de São Paulo, Centro de Educação Infantil (CEI) e Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), respectivamente. Sob a luz de escritos de autores como Kishimoto (1986; 2001) e Pinazza (1997) apreende-se que creche e pré-escola tiveram origens distintas, refletindo a dicotomia entre o cuidar e o educar, uma vez que a primeira tivera caráter essencialmente assistencialista e tutelar e, a segunda esteve vinculada desde o princípio ao sistema educacional, refletindo uma preocupação de preparação para o ensino primário (PINAZZA, 1997). Com o transcorrer do tempo, as legislações começaram a atentar para a infância e a considerar a creche e a pré-escola como instituições educacionais pertencentes à Educação Infantil. Apontando-as, por meio da LDBEN (1996), como primeira etapa da Educação Básica e enfatizando principalmente após o Plano Nacional de Educação (2001) a inseparabilidade entre o ato de cuidar e educar e a atenção que se deve dispensar às fases de transição para que ocorram sem tensões e rupturas, considerando o processo de desenvolvimento integral da criança. Ademais, estas legislações fizeram constantes referências às ações das famílias, alegando que estas deveriam ser complementares às das instituições educacionais, sendo imprescindível haver uma articulação entre ambas. A partir desse contexto percebe-se que instituições que, historicamente, trilharam caminhos diferentes atualmente fazem parte de uma mesma etapa da Educação Básica e como tal devem ter ações integradas de modo a evitar conflitos nas fases de transição de um nível para o outro. Essa situação provocou a inquietação de