SAO JORGE
Jessica Gonçalves Luz
Queda dos anjos
A primeira queda dos anjos
“Como foi que caíste dos céus,
Ó Lúcifer, filho da manhã? como foste atirado à terra, tu que derrubavas todas as nações?
Afinal, tu costumavas declarar em teu coração: erguerei meu trono acima das estrelas de Deus; eu me estabelecerei na montanha da Assembléia, no ponto mais alto do norte.
Subirei mais alto que as mais altas nuvens; tornar-me-ei semelhante ao Altíssimo!
Contudo, foste precipitado às profundezas do inferno, ao fundo do abismo.” (Isaías 14:12-15)
Na tradição Cristã este fragmento serviu como uma base para um anjo orgulhoso que buscou ser igual a Deus, e por sua presunção ele foi precipitado ao abismo infernal. A história de Lúcifer ilustra o pecado arquetípico da Soberba, um dos sete pecados mortais. Como mostra a lenda, por este pecado pode-se ser punido com a pior de todas as punições – condenado à eterna separação de Deus e lançado na escuridão desprovida da luz celestial.
A mesma história de pecado como uma causa de queda e rebelião contra Deus é apresentada por Ezequiel: “Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em beleza. Tu estavas no Éden, jardim de Deus… e eu te designei: estiveste também no monte sagrado de
Deus e caminhavas entre pedras resplandecentes. Tu eras irrepreensível em teus caminhos desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti.” (Ezequiel 28:12-15). De acordo com esta citação, Lúcifer caiu e perdeu sua perfeição original porque ele se esqueceu de suas raízes, sobre o fato de que ele era uma criação de Deus e não podia ser igual ao seu criador. Ele foi cegado pelo orgulho, insolência e presunção, que o fizeram se sentir divino e pelo que ele foi punido com o exílio do céu.
Outros fragmentos da Bíblia, descrevendo a queda de anjos, também foram atribuídos a Lúcifer (“Ele foi derrubado, a antiga serpente”, Apocalipse 12:9), que era ao mesmo tempo