santo tomas de aquino
A filosofia de Tomás encontra-se comprometida com os sagrados escritos e com o pensamento aristotélico. No entanto, os pilares de seus escritos são estes que se indicam como principais fontes de inspiração de seu pensamento. Além de coligir opiniões, sua doutrina converte-se num foco de dispersão de uma nova forma de conceber o conhecimento, aliando fé e razão. Ainda que os textos do Aquinatense se intrometam no tema de tratamento de temas metafísicos, políticos, sociais, etc., tudo é racionalmente concebido, explicado, interrompendo suas considerações pessoais com aquelas outras desenvolvidas e defendidas por seus antecessores. Nesse tipo de exposição, muito parecido à de Aristóteles, os opositores possuem espaço reservado, ainda que sirvam como forma de argumento. Essas palavras tem objetivo de induzir o leitor no universo tomista, no sentido de dizer que, dentro deste sistema de pensamento, a justiça encontra lugar especial, recebendo tratamento extensivo, e também vêm sendo estudada minuciosamente, parte por parte, detalhe por detalhe. O estudo dos conceitos de direito e de justiça faz-se como parte de um estudo que se volta ao interesse dos homens. Em Santo Tomás, o homem é composto de corpo e alma, sendo o primeiro a matéria perecível que colabora para o aperfeiçoamento da alma, esta criada por Deus. Do mesmo modo como a potência está para o ato, a alma está para o corpo; a alma é incorruptível, imaterial e imortal, enquanto o corpo é corruptível, material e mortal. A alma vegetativa é a alma dos vegetais, que executam as atividades das quais desconhecem a forma e o fim. A alma sensitiva é a alma dos animais, que executam e apreendem a forma de agir; a alma intelectual é inerente ao animal racional (homem), que é capaz, além de sobreviver, de executar atividades, e ainda de apreender a forma e o fim de suas ações. Percebe-se que o homem acumula as três