santo anselmo

Introdução Sendo o Proslógio de Santo Anselmo uma espécie de meditação, ou uma oração interior, escrita a pedidos dos seus irmãos afim de possuírem uma melhor compreensão da ideia do Monológio, Santo Anselmo procura esclarecer melhor a sua ideia a respeito do ser de Deus e sua essência, mostrando que para se obter esse conhecimento ou esta compreensão, é preciso que haja fé (que está ligada a graça), de modo que, assim como concebe Santo Agostinho, que é Deus quem concede e é só por ela que conseguimos compreender aquilo que cremos. Santo Anselmo parte da prece, pedindo a auxílio de Deus, olhando para dentro de si e reconhecendo-se incapaz de sozinho penetrar e compreender o que crê, de modo que somente sua fé pode abrir os seus olhos e mostrar-lhe o seu maior bem que é o próprio Deus. Desenvolvendo seu pensamento de maneira lógica a partir da prova da existência de Deus, Santo Anselmo recebe objeções do monge Gaunilo, que afirma só ser possível um argumento verdadeiro quando é irrefutável. Santo Anselmo responde claramente que não se faz comparações a prova da existência de algo quando ouvimos e compreendemos, mas que Deus sempre existiu, de modo que “o ser do qual não se pode pensar nada maior” é o próprio Deus.

Argumento Único do Proslógio

Como um bom cristão, Santo Anselmo dá início ao Proslógio com uma prece. A prece é algo próprio de alguém que reconhece a sua incapacidade, algo próprio de quem reconhece sua inferioridade perante a superioridade, algo próprio da criatura humilde, que reconhece da sua baixeza perante a Majestade e Onipotência do Criador. A sua oração inicial é o próprio reconhecimento da grande perda que o pecado de Adão deu as nossas vidas: “Este tinha fartura de tudo e nós morremos de fome. Ele era rico e nós somos mendigos. Ele tinha a felicidade e a perdeu miseravelmente, e nós vivemos infelizes, tudo desejando e, indigentes, ficamos de mãos vazias!” . Estando, portanto, o homem