Santo Agostinho
Campus Virtual
Avaliação a Distância Unidade de Aprendizagem: Filosofia na Idade Média
Curso: Filosofia
Professor: João José Buss
Nome do aluno: Delcio Pereira de Sousa
Data:
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Para começar esta atividade leia a transcrição do capítulo I, do livro de Santo Agostinho, De magistro (Sobre o mestre) na sequência.
CAPITULO I
Finalidade da linguagem
AGOSTINHO
— Que te parece que pretendemos fazer quando falamos?
ADEODATO
— Pelo que de momento me ocorre, ou ensinar ou aprender.
AGOSTINHO
— Vejo uma dessas duas coisas e concordo; com efeito, é evidente que quando falamos queremos ensinar; porém, como aprender?
ADEODATO
— Mas, então, de que maneira pensas que se possa aprender, senão perguntando?
AGOSTINHO
— Ainda neste caso, creio que só uma coisa queremos: ensinar. Pois, dize-me, interrogas por outro motivo a não ser para ensinar o que queres àquele a quem perguntas?
ADEODATO
— Dizes a verdade.
AGOSTINHO
— Vês portanto que com o falar não nos propomos senão ensinar.
ADEODATO
— Não vejo isto claramente; porque se falar nada mais é que emitir palavras, isto fazemos também quando cantamos; às vezes o fazemos sozinhos, sem que esteja presente alguém que possa aprender; não creio que pretendamos então ensinar algo.
AGOSTINHO
— Há todavia, creio, certa maneira de ensinar pela recordação, maneira sem dúvida valiosa, como se demonstrará nesta nossa conversação. Mas, se tu pensas que não aprendemos quando recordamos ou que não ensina aquele que recorda, eu não me oponho; e desde já declaro que o fim da palavra é duplo: ou para ensinar ou para suscitar recordações nos outros ou em nós mesmos; o que fazemos também quando cantamos;