Santo Agostinho
Diz-se que Santo Agostinho teve uma visão de uma criança que o mandava ler uma passagem da Carta de Paulo para os romanos onde estava enfatizada a importância do abandono dos coisas mundanas e o abraço das coisas de Deus. Depois desse evento, converteu-se ao cristianismo e virou o bispo de Hipona.
Catorze anos após sua conversão, escreveu um livro chamado Confissões, onde fala sobre sua vida antes de depois de ter encontrado sua fé. Neste livro, ele diz que há uma hierarquia entre a alma e o corpo e devemos dar prioridade à alma, dominando os apelos do corpo, para encontrar o caminho para Deus.
Santo agostinho também diz que apenas Deus contem a "verdade eterna, que nos ilumina e nos permite ver", nós simplesmente partilhamos de sua luz. Assim como Platão, ele acredita que a verdade não está neste mundo.
Santo Agostinho percebeu a existência das coisas incorpóreas, reorientando sua busca em um sentido transcendente. Segundo interpretações de Platão, o Mal não existe enquanto entidade, só o Bem como ideia ontológica por excelência. O Mal não é uma realidade, é um juízo e uma ação errôneos por ignorância. A partir daí, Agostinho verificou que todas as coisas são boas, porque são obras de Deus e que o Mal é culpa da forma como utilizamos o livre arbítrio. Mas verificou também que todos buscam a felicidade e o Bem (pensamentos semelhantes aos de Sócrates!). Eis, então, o problema: como reconhecer o Bem e a felicidade? Agostinho constatou, pois, que a felicidade somente se encontra em Deus, o Bem Supremo, e que nós temos esse conhecimento em nosso íntimo, de forma