Santo Agostinho e São Tomás de Aquino
“[...] Assim como se diz que o médico produz a saúde no enfermo pela operação da natureza, assim se diz que um homem causa o saber em outro pela operação da razão natural deste. E nisto consiste o ensino. E por isso se diz que um homem ensina a outro e é seu mestre. Neste sentido, diz o filósofo*, no livro 1 dos Analíticos posteriores, que a demosntração é um silogismo que conduz ao saber.
Mas se alguém propuser a outro alguma coisa não incluída nos princípios auto-evidentes, ou não manifestadamente incluído neles, este tal não produz nenhum saber naquele outro, mas quando muito uma opnião ou uma crença[...]
Esta luz da razão, pela qual estes princípios nos são conhecidos, nos foi implantada por Deus [...]. Visto, pois, que qualquer doutrina humana não pode ter eficácia senão em virtude daquela luz, consta que só Deus ensina interiormente e em primeiro lugar, assim como a natureza cura principalmente por sua ação interna.”
(Santo Tomás de Aquino, De Veritate, questio 11, articulus 1)
Tanto Santo Agostinho como Santo Tomás de Aquino afirmam que Deus, sendo eterno, transcendente, todo bondade e todo sabedoria, criou a matéria do nada e, depois, tudo o que existe no universo. Para Santo Agostinho as idéias ou formas estavam no Espírito de Deus. Santo Tomás de Aquino acrescenta a noção dos universais em seus raciocínios. Dizia que Deus é a causa da matéria e dos universais. Além disso, Deus está continuamente criando o mundo ao unir universais e matéria para produzir novos objetos.
“Se existem coisas futuras e passadas, quero saber onde elas estão. Se ainda o não posso compreender, sei todavia que