santo agostinho livro 9 e 10
Santo Agostinho responde no capítulo XIV do nono livro: ” Os homens discutem grande problema: Pode o homem ser feliz e mortal? Alguns, considerando-lhe com humanidade a condição, negam ao homem a possibilidade de ser feliz, enquanto viver para morrer. Outros, exaltando-se a si mesmos, atreveram-se a dizer que o sábio, embora mortal, pode alcançar a felicidade.Se é assim, por que não elevá-lo, antes, à categoria de mediador entre os mortais infelizes e os bem-aventurados imortais, se com estes partilham a felicidade e com aqueles a mortalidade? É fora de dúvida que, se felizes, não invejam ninguém, porque nada existe mais miserável que a inveja. E, portanto, velam quanto podem pelos miseráveis mortais, para que consigam a felicidade e possam também, depois da morte, ser imortais em companhia do anjos e dos bem- aventurados imortais.”
Quem é esse mediador que livrará o homem da infelicidade de ser mortal? Santo Agostinho responde: É Jesus Cristo, ” que é homem, mas também Deus, que por intervenção de bem-aventurada mortalidade conduz os homens da miséria mortal à imortalidade feliz.” É Cristo, diz Agostinho, que nos prepara o caminho, e não outros mediadores que nos façam subir por degraus, porque Deus nos associa à sua beatitude pelo caminho mais curto.
Agostinho narra à inutilidade de tantos deuses, que chegam até a contradição, afirmando que só um Deus é necessário. Agostinho escreve contra os pagãos que pensam que se deve prestar culto aos deuses tendo em vista a vida eterna; e disserta contra o pensamento deVarrão sobre os três gêneros de teologia: fabulosa, natural e civil; demonstrando de que de nada serve para a felicidade futura a fabulosa e a civil. Trata dos principais deuses da teologia civil e demonstra que estes e os cultos a eles tributados não conduzem a felicidade da vida eterna. Chama a atenção dos cristãos para o dever de cultuar o verdadeiro e único Deus.
Santo