Santidade

Santidade
Salomão L. Cunha

Antes de tratarmos o que é a santidade propriamente, veremos o que ela não é.
O que não é a santidade?
1-Legalismo
O legalismo é contrário a graça. O legalismo é seguir uma série de leis e regras para se obter a santidade necessária para a salvação. Legalistas costumam dar forte ênfase em uma exposição de espiritualidade a partir da abstenção de determinadas coisas, usos e costumes. O grande equívoco dos legalistas é priorizarem seus atos em detrimento da soberana graça divina que é dispensada livremente pelo Espírito Santo. Para estes, temos o versículo de Paulo em sua carta aos Romanos 14.4
"Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster”
2-Moralismo
Nada mais nada menos do que reduzir a amplitude da santificação a meros comportamentos. Isso reduz a santidade ao plano único de alteração comportamental no indivíduo. Sabemos que não necessariamente somente os cristãos verdadeiros que possuem comportamentos exemplares. Isso prova que a compreensão de que santidade é moralismo está também equivocada. O moralismo prega uma vida correta somente, enquanto o Evangelho prega a necessidade do arrependimento e a mudança de direção para salvação. Enquanto o moralismo se inicia pelo homem, a santificação se inicia por Deus.
3-Ascetismo
O ascetismo prega o negar os prazeres da vida a fim de obter um grau maior de espiritualidade. Um exemplo simples seria deixar de comer determinado alimento para obter uma santificação desejada. Uma forte influência pagã influenciou e até hoje influencia a igreja cristã quando a este aspecto. Vemos ascetas deixando de participar do progresso cultural em nome de uma falsa piedade. Tolice. Muitos ascetas revelam a si mesmos quando, por exemplo, rejeitam fortemente a participação dos cristãos em áreas como a arte e a música. Sem contar nas necessidades urgentes no cenário político. Os ascetas consideram