Saneamento
A necessidade de minimização dos impactos causados pelo desperdício de matéria-prima e geração de resíduos ao longo de toda a cadeia produtiva vem se tornando meta de um número cada vez mais significativo de empresas, desde a extração e o manuseio de matéria-prima, em seu meio ambiente natural, até o seu retorno à natureza, passando pelos circuitos produtivos, de consumo, de recuperação, tratamento e eliminação de efluentes e resíduos sólidos.
A indústria da construção civil tem um papel singular no desenvolvimento socioeconômico em qualquer país (CIB, 2000:17). Dados indicam que a construção civil responde por 15% do PIB brasileiro (CONSTRUBUSINESS, 2003). Além desta participação direta no PIB, destaca-se também o grande contingente de mão-de-obra direta utilizada, que corresponde a 3,92 milhões de empregos, sendo o maior setor empregador da economia nacional (CONSTRUBUSINESS, 2003). Esta indústria é responsável por um consumo considerável de materiais, seja em quantidade ou diversidade e também é grande geradora de resíduos, o que representa um problema quando pensamos em sua correta destinação.
O fato dos resíduos de construção civil (entulho) ser classificado como inerte pela NBR 10.004/87, teoricamente sua disposição final não acarretaria na geração de impactos ambientais significativos, entretanto, quando dispostos em vias públicas e/ou terrenos baldios, incentiva a criação de pontos de disposição irregulares de outros tipos de resíduos, não só os resíduos de construção civil (RCC), conhecidos popularmente como “entulho”, mas também os resíduos secos, úmidos e até resíduos de saúde, o que é um grave problema enfrentado pela gestão urbana, pois tal atitude propicia a proliferação de vetores de doenças, além do esgotamento prematuro de áreas de descarte ou “bota fora”, impossibilitando a sua utilização devido a contaminação, bem como a obstrução de elementos de drenagem urbana, degradação de
5 mananciais e a sujeira nas vias