Saneamento basico
Nos últimos anos, tem-se observado que a finalidade dos projetos de saneamento tem saído de sua concepção sanitária clássica, recaindo em uma abordagem ambiental, que visa não só promover a saúde do homem, mas, também, a conservação do meio físico e biótipo. A avaliação da viabilidade ambiental assume caráter de forte condicionante das alternativas a serem analisadas, ocorrendo, muitas vezes, a predominância dos critérios ambientais em relação, por exemplo, aos critérios econômicos. Por outro lado, verifica-se a ausência de instrumentos de planejamento relacionados à saúde pública, constituindo, no Brasil, uma importante lacuna em programas governamentais no setor de saneamento.
A compreensão dessas diversas relações revela-se um pressuposto fundamental para o planejamento dos sistemas de saneamento em centros urbanos, de modo a privilegiar os impactos positivos sobre a saúde pública e sobre o meio ambiente.
O que se avalia em um organismo patogênico não é apenas sua natureza biológica, nem o seu comportamento no corpo do doente, e sim o seu comportamento no meio ambiente, pois é nessa dimensão que as intervenções de saneamento podem influenciar na ação desses patógeno sobre o homem.
A falta de saneamento está matando mais que à criminalidade desenfreada, sabemos que do saneamento de boa qualidade depende a queda da mortalidade infantil e dos índices inquietantes de doenças provocadas pela ausência, ou má prestação, de um serviço básico em locais civilizados. Para o setor, o orçamento no Brasil é uma peça mais ou menos de ficção. A lei está lá, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo Presidente da República, mas a execução do orçamento depende de humores e conveniências dos governantes e políticos em geral.
Quando ocorrem calamidades não rotineiras, como as recentes inundações causadas por excesso de chuvas e não-planejamento do uso do solo, o estrago da falta de saneamento se revela em toda a sua