sandro
Homens portando armas circulam todos os dias nos ônibus cariocas e há vezes em que são saldados como heróis por executarem anonimamente assaltantes que se aventuram nos coletivos. É claro que nem sempre os disparos são certeiros e acabam provocando tiroteios que elevam o número de vítimas fatais nos assaltos. Mas, exceto quando o atirador sai ferido ou morto, a ele é permitido pelos passageiros e policiais deixar discretamente o local sem testemunhas, descrições, detenções ou buscas.
Sandro era um assaltante em potencial e, assim identificado, o ônibus foi parado. Quando um policial tentou entrar no ônibus, ele fez seu primeiro refém, expulsou o policial e iniciou uma sucessão de tentativas de evasão com o veículo, intimidação e roubo de dinheiro dos passageiros, ameaças à polícia, exigência de armamento, dinheiro e um veículo para fuga, numa gradação de agitação e violência que logo se traduziu em clima de terror dentro e em torno do ônibus e em toda a parte onde a população acompanhava os acontecimentos pela TV, que logo chegou ao