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Alex Flemming nasceu em São Paulo, em 1954. É pintor, escultor e gravador. Descendente de alemães e criado para ser diplomata, traiu os desejos da família: formou-se primeiro em economia, estudou arquitetura na FAU-USP e fez curso livre de cinema na FAAP até decidir dedicar-se às artes plásticas.
Viajou desde pequeno ao redor do mundo, pois seu pai era piloto de aviação. Depois de ter vivido em Miami, Lisboa e Berlim Oriental, Flemming recebeu uma bolsa da Fundação Fullbright para desenvolver em Nova Iorque o projeto “male and female nudity in an photo-abstract way”, entre 1981 e 1983. Ali, realiza um trabalho de intervenção na plástica da cidade, interferindo na paisagem urbana fazendo pichações. Uma pesquisa sobre as figuras esquecidas no lixo da história, garantiu-lhe, entre 1985 e 1991, as séries Dragões, Monstros, Múmias e Obeliscos, Atletas, Ácaros, Cabeças e Traqueotomia. Em 1990, surge a série que se tornou referencial em sua trajetória, "Ex-touros", na qual apresenta cabeças empalhadas de bois pintadas com tinta em azul metálico e dispostas sobra latas de lixo invertidas. A sensação que se tem é de ver bustos sobre colunas gregas. A coleção foi levada, com imensa repercussão, ao Masp e ao Film-Museum de Frankfurt. Foi professor na Kunstakademie de Oslo, na Noruega, entre 1993 e 1994. Em 1995, com a repercussão internacional de "O Ritual de Passagem", foi convidado a morar em Berlim, onde reside desde então, embora expondo frequentemente no Brasil. Em 1998, realiza painéis em vidro para a Estação Sumaré do Metrô de São Paulo, com fotos de pessoas comuns, às quais sobrepõe com letras coloridas trechos de poemas de autores brasileiros. A representação do corpo humano e os mapas de regiões em conflito estão na série Body Builders (2001-2002). Em 2002, são publicados os livros Alex Flemming, pela Edusp, organizado por Ana Mae Barbosa, com textos de diversos especialistas em artes visuais, e Alex Flemming, uma Poética..., de Katia Canton, pela editora