Samambaia
Samambaia ( Pteridium aquilinum )
Como se não bastasse à baixa taxa de desfrute anual na pecuária bovina, os níveis produtivos do rebanho brasileiro também sofrem ingerências de fatores relacionados à alimentação animal, mais precisamente pela ingestão de vegetais tóxicos.
Nesse aspecto, e assumindo grande importância na exploração pecuária extensiva, se destaca a samambaia Pteridium aquilinum, planta tóxica encontrada em quase todas as regiões brasileiras, especialmente com solo ácido. Estima-se haver um grande prejuízo na criação de bovinos no Brasil causado pela ingestão dessa planta e suas conseqüências tóxicas.
Considerações sobre a planta
A Pteridium aquilinum, popularmente chamada de samambaia do campo ou simplesmente samambaia, é uma planta perene, rizomatosa, herbácea, ereta e ramificada, medindo entre 50 a 180 cm de altura.
Os estudiosos destacam que a samambaia é uma planta cosmopolita de todas as regiões tropicais e temperadas. Com exceção feita às plantas daninhas, é possivelmente a mais ampla e distribuída das plantas vasculares.
Trata-se de um vegetal de característica invasora, sendo bastante freqüente em solos ácidos, arenosos e de baixa fertilidade. Infestam campos, matas ciliares, capoeiras, beiras de matos e de estradas.
A Planta e a Doença
A existência de um número variado de trabalhos científicos a respeito da Pteridium aquilinum e suas implicações na clínica de bovinos é um fato incontestável. Existem diversos trabalhos demonstrando a existência das manifestações clínicas da toxidez e suas restritas ligações com a samambaia.
Além disso, em condições naturais, alguns pesquisadores brasileiros tiveram a oportunidade de realizar um amplo estudo, concluindo que a samambaia determina, além da hematúria, o carcinoma de orofaringe, popularmente conhecido por "caraguatá", sem haver influência racial no aparecimento dessas entidades clínicas.
Outro estudo também realizado no Brasil mostrou aberrações