Salão dos passos perdidos

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Salão dos passos perdidos

Lobão, este era o pseudônimo de Evandro Lins e Silva. Filho de Juiz de Direito com doze irmãos saiu do Recife aos 15 anos de idade e foi para o Rio de Janeiro, capital federal naquela época. Era de família religiosa inclusive ele, o irmão e o tio quase foram padres.

Na cidade maravilhosa mais especificamente na Vila Izabel passou sua adolescência, estudou no Pedro II enquanto seu pai ainda trabalhava no Banco do Brasil. Devido ao bairro ser boêmio ele frequentemente encontrava com músicos e poetas daquela época, onde ele destaca Noel Rosa, dizendo que a poesia musicada retrata sua juventude, citando as canções Feitiço da Vila, Conversa de Botequim e As Pastorinhas.

Após o colégio prestou vestibular em 1929 para Direito enquanto trabalhava como repórter no jornal carioca Diário de Notícias, não frequentou a faculdade por falta de tempo devido ao trabalho, naquele tempo podia fazer os exames de segunda época mesmo não frequentando as aulas.

Membro da "Geração de 30" de debates ideológicos entre direita e esquerda, defende a corrente socialista, onde vários intelectuais da época eram adeptos. Ele atuou na defesa de presos políticos perante o Tribunal de Segurança Nacional (TSN) criado para julgar os envolvidos na revolta comunista. Este histórico profissional é o "X da questão". Na passagem pelo TSN pode-se notar a importância dos princípios constitucionais para justiça prevalecer.

Evandro Lins e Silva aos 25 anos defendeu seu primeiro preso político, já era um respeitado advogado e acabou sendo um dos mais requisitados para defesa no TSN. Participou também em 1947 da fundação do PSB - Partido Socialista Brasileiro.

Sua geração presenciou uma enorme modificação nos escritórios de advocacia criminal, sobretudo depois de 1938 quando foi editada a primeira lei de Economia Popular permitindo que o advogado começasse a ser melhor remunerado.

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