Salvaguarda do Património Construído em Portugal - O papel de Alexandre Herculano na proteção do património cultural português

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Alexandre Herculano, além de um grande escritor, historiador, jornalista e poeta português, foi além do impulsionador da Sociedade Conservadora dos Monumentos Nacionais em 1840, o fundador no desenvolvimento da ideia da proteção do património cultural português, que começou por se centrar numa perspectiva histórica e arqueológica dos monumentos nacionais
Ao lado de Almeida Garret, Alexandre Herculano foi uma figura crucial na vida intelectual portuguesa do século XIX, que teve grande importância no contexto cultural da época e que ficou conhecido até aos nossos dias.
A contribuição dada por este escritor na literatura, na organização de documentos históricos, a luta contra o governo de D. Miguel I, o seu exilio na Inglaterra e a sua atuação frente à imprensa periódica portuguesa, são aspetos da sua trajetória pessoal, que a par com o projeto político, tentou resgatar o país do atraso político, económico e educativo que se fazia sentir à época.
É a partir do Setembrismo – movimento radical de carácter constitucional – que Alexandre Herculano sai em defesa do património português, mais concretamente em defesa dos monumentos nacionais, que eram negligenciados. Na verdade, fruto destas lutas, observava-se diariamente o desaparecer edifícios (religiosos, monumentos, entre outros) que faziam parte de uma herança mais, ou menos recente, que compunham a história de uma nação, que aos poucos se perdia irremediavelmente.
Em “A Voz do Profeta“ – obra poética do Romantismo português em forma de manifesto – Alexandre Herculano rebela-se contra a revolução Setembrista e critica as tendências recentemente postas em prática pelo Liberalismo Português. Sendo esta uma das primeiras publicações que chegam ao público leitor.
Já em 1837, como redator da revista “O Panorama”, aproveita o cargo obtido para conseguir, a nível nacional, correspondência que lhe seria útil tanto para sua própria informação, como para divulgação do que a si lhe chegara como indignação de um país que via

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