Salvador Dalí
Salvador Dalí foi um importante pintor surrealista, influenciado pelo Renascimento, suas obras se destacam pela combinação de imagens bizarras e oníricas. Em 1916 iniciou seus estudos na Escola de Desenho Municipal descobrindo a arte impressionista. Em uma viagem para Paris, em 1929, conheceu Pablo Picasso, artista que influenciou muito a produção artística de Dalí, com isso começou a fazer parte do movimento surrealista. Assim como Picasso, Freud também contribuiu para o trabalho de Dalí com seus trabalhos psicológicos como, por exemplo, a obra “A Persistência da Memória” que retrata um relógio “derretendo”.
A Psicanálise proposta por Freud procurava se concentrar na dimensão do inconsciente, na subjetividade dos sonhos, na leitura dos significados reprimidos. Freud entendia a arte como uma atividade de expressão sublimada de desejos proibidos e que dessa forma são projetados na obra do artista. Essa projeção transfere para pessoas e objetos de nossas relações, os nossos conflitos internos e inaceitáveis. Este processo requer sensibilidade, criatividade e principalmente, respeito tanto pela obra quanto pelo artista, independente de sua intenção ao expor a sua criação.
Além de suas obras Dalí também criou esculturas surrealistas, um dos mais populares objetos foram os “Telefone Lagosta” e o “Sofá-lábios de Mãe West”. Para Dalí Lagostas e telefones tiveram uma forte conotação sexual, com a exibição da legenda para o “Telefone Lagosta” ele chamou de estreita analogia entre alimentos e sexo.
Dalí criou uma relação com a moda e a arte “vestível”, fez parcerias com Christian Dior, alem de vários projetos com Elsa Schiaparelli. O vestido Lagosta foi criado em 1937 por Schiaparelli, um vestido de noite de seda branca com um cinto vermelho com uma grande lagosta pintada sobre a saia, foi um dos pioneiros da obra de arte “vestível”, foi uma das estilistas a se engajar ativamente ao movimento Surrealista, colaborando com Salvador Dalí e Jean Cocteau.