Sala são paulo

Sala São Paulo

São Paulo
Novembro/2012

Introdução Este trabalho é resultado de uma visita monitorada à atual Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e uma das mais importantes casas de concertos e eventos do País, que também já foi o imponente edifício da Estrada de Ferro Sorocabana. O auge da época cafeeira do Brasil trouxe muitos avanços tecnológicos e estruturais para o País. Entre eles está a criação da Estação Júlio Prestes, que acabou com o monopólio de transportes ferroviários que faziam o trajeto São Paulo-Santos que possuía a ‘São Paulo Railway’. Mais tarde a estação deixaria de ser essencial nos moldes lucrativos da época devido aos avanços tecnológicos, e mais tarde viria ser a renovação do centro de São Paulo. A cidade viu uma transformação de cenário duas vezes, com objetivos diferentes, mas que proporcionaram sensações iguais: uma valorização estética e social nos entornos do centro da cidade mais populosa do País. Parte indissociável da história paulista, essa bela estação assistiu a tudo se transformar várias vezes ao seu redor. Uma vez concluída, viu a cidade pacata e endinheirada pelo café virar uma outra, “o maior centro industrial da América Latina”, e em seguida conviver com os contrastes violentos de uma megametrópole sempre mutante, que beira o descontrole.

Estação Júlio Prestes
Em 15 de outubro de 1938, doze anos após o início de suas obras, foi finalmente inaugurada a Estação Júlio Prestes, um monumental exemplar da École de Beaux-Arts, temporão estilístico na cidade que então crescia vertiginosamente moderna. Com o nome de Estação Inicial da Estrada de Ferro Sorocabana, balizava, tal como hoje, em conjunto com a torre da Estação da Luz, o eixo ferroviário que corta a cidade ao norte de seu centro histórico. O projeto para uma nova estação, realizado em 1925, fazia parte de um programa de recuperação iniciado alguns anos antes pela Sorocabana, pelo qual contava inverter as dificuldades que