sagui
Ovário-histerectomia
Roger B.Fingland
Indicações
A indicação mais comum para a ovário-histerectomia é a esterilização eletiva. A ovário- histerectomia também é o tratamento de escolha para a maioria das uteropatias, incluindo a piometria, a torção uterina. Em um estudo de 1.712 ovário-histerectomias em cadelas, 82% foram realizadas por esterilização eletiva, 18% por doença do trato reprodutivo e 7% como terapia adjunta a uma neoplasia mamária. Pode-se indicar a ovário-histerectomia para fêmeas diabéticas e epiléticas para impedir as alterações hormonais que alteram a efetividade das medicações.
A produção de estrogênio endogenoso exerce um papel na etiologia dos tumores mamários espontâneos, e a ovário-histerectomia anterior ao primeiro estro proporciona um fator protetor definitivo contra esses tumores. A incidência de neoplasia mamária é de 0,5% nas cadelas castradas antes do primeiro estro, enquanto o fator de risco é de 8% quando se retarda a ovário-histerectomia até após o primeiro estro; após dois ou mais ciclos estrais, o risco se eleva para 26%.
A ovário-histerectomia pode ser uma terapia adjunta justificável para uma neoplasia mamária. A pesquisa atual sobre os receptores hormonais nos tumores mamários caninos pode finalmente tornar possível a determinação de quais cadelas responderão a uma ovário-histerectomia no momento da mastectomia por análise de receptores hormonais tumorais específicos.
Anatomia Cirúrgica
A anatomia do trato reprodutivo nas cadelas é exibida na Figura 29.1. Os ovários, os ovidutos e o útero são presos às paredes dorsolaterais da cavidade abdominal e à parede lateral da cavidade pélvica por meio de pregas duplas pareadas do peritônio chamadas de ligamentos largos direito e esquerdo. Cranialmente, o ligamento largo se prende através do ligamento suspensor do ovário. O ligamento largo se divide em três regiões: o mesovário, a mesossalpinge e o mesométrio. O ligamento suspensor corre da face ventral do ovário e da