Saduceus
Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, aqueles que eram saduceus eram aristocratas. Eles tinham a tendência de ser ricos e de ocupar cargos poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Embora fossem a minoria, ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho regente chamado de Sinédrio (conselho que julgava assuntos da lei judaica e da justiça criminal, na Judéia e em outras províncias). O nome parece proceder de Zadoque, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Zadoque, que segundo o programa ideal da constituição de Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judeia. De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante".
Eles eram racionais, rudes e litigiosos, mas trabalhavam muito duro para manter a paz, sempre seguindo as decisões de Roma (Israel nesta época estava sob o controle romano) e, na realidade, pareciam estar mais preocupados com a política do que com a religião. Pelo fato de estarem sempre tentando acomodar os gostos de Roma, e porque eram ricos e da classe alta, não se relacionavam bem com o homem comum nem o homem comum os enxergava com alta estima. O homem comum se relacionava melhor com aqueles que pertenciam ao grupo dos fariseus. Embora os saduceus ocupassem a maioria dos lugares no Sinédrio, a história indica que a maior parte do tempo eles tinham que concordar com as ideias da minoria farisaica, já que os fariseus eram os mais populares com o povo. Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores na área de doutrina do que os fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus consideravam apenas a Palavra Escrita como sendo divina. Os saduceus trabalhavam arduamente para preservar a autoridade da Palavra escrita de Deus, especialmente os livros de Moisés (Gênesis até Deuteronômio). Enquanto eles poderiam ser elogiados por isso, eles