sadia caso interno
Muitas empresas exportadoras já realizaram e ainda realizam este tipo de operação. A função destas operações é proteger a receita da exportação. São um compromisso da companhia de vender dólar ao banco por um preço pré-estabelecido. Quando no mercado esse preço estivesse abaixo do contrato, a companhia ganhava por ter um comprador garantido num valor superior.
Porém, quando o preço de mercado ultrapassasse o valor do contrato, o compromisso da empresa de vender o dólar ao banco se duplicava. No caso da Sadia, do dia para a noite, a companhia teve que entregar aos bancos dólares num volume equivalente a cerca de um ano e meio de exportações. Passou a ter que comprar a moeda no mercado mais cara do que venderia ao banco, daí o prejuízo.
Outra questão discutida na assembleia da Sadia, diz respeito ao tempo de exposição. Segundo a companhia o período máximo de exposição dos contratos aos derivativos era de seis meses. Pelo que consta, o ex-diretor, extrapolou esse limite.
Sadia – Semanal
É inegável, que o ex-diretor tem a sua parcela de culpa. Mas olhando balanços antigos da Sadia fica evidente que a empresa sempre se beneficiou das operações financeiras com o dólar. O mercado inclusive especula que no primeiro semestre de 2008, antes do estouro da crise, 80% do lucro da Sadia era proveniente deste tipo de operação.
Desde o anúncio do problema com os derivativos, a Sadia, perdeu mais de 60%. Desde a máxima histórica em maio de 2008, os papeis já se desvalorizaram 77%. (veja gráfico)
Uma boa parte das dividas assumidas para fazer frente aos problemas financeiros, vence ainda este ano. Algumas conversas com a Perdigão já ocorreram, mas ainda não houve um acordo. O mercado acredita que a oferta máxima da Perdigão (ou