Sabino
Ao invés de "A Fronteira Final", talvez devêssemos considerar o espaço como a primeira grande fronteira real, pois toda nossa história e capacidade de deslocamento até hoje é insignificante diante dos desafios das viagens espaciais.
Ao longo das eras, desenvolvemos transportes animais, aquáticos, máquinas terrestres cada vez mais rápidas, transportes aéreos e por fim espaciais, já tendo começado a explorar nosso próprio sistema solar. Com esse histórico, muitos podem pensar que viagens para o espaço distante são apenas uma questão de tempo. Um passo natural a seguir. No entanto, nossas viagens espaciais até agora se deram dentro do mesmo sistema estelar, em distâncias meramente Interplanetárias. A partir daí, a nível Interestelar, as coisas são bem diferentes.
As distâncias espaciais se tornam, literalmente, astronomicamente maiores que as que vencemos até hoje.
Tendo a Terra meros 13 mil km de diâmetro, não possuímos nenhuma distância superior a cerca de 20 mil km para ser percorrida. A distância entre o interior de Minas Gerais e o interior do Japão é a mesma tanto indo pelo Oceano Pacífico como pelo Atlântico e Índico.
A distância entre a Terra e a Lua é de cerca de 350 mil km, e já enviamos sondas a distâncias de cerca de 6 bilhões de kms, percorridas em décadas. Mas isso nada é comparado às distâncias interestelares facilmente cruzadas nos filmes de Ficção Científica. Entre outras coisas, Cem Bilhões de voltas em torno da Terra, que resultaria numa distância superior ao do tamanho do Sistema Solar, não são suficientes para nos levar nem mesmo a um décimo do caminho para a estrela mais próxima. E isso em séculos.
Ou seja. Não seria surpreendente se a soma das distâncias percorridas por todas as pessoas que vivem e já viveram na Terra, COMBINADAS, não superasse uma