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Enquanto era jovem e bonito, o bambu vivia e crescia só para si mesmo e amava somente a sua beleza e bem-estar. Numa palavra, era egoísta. Depois, pelo contrário, despojado de toda a sua beleza, inclusive da sua própria vida, tornou-se num canal, que o Senhor usou para tornar fecundo e fértil os seus campos.
Conta uma antiga lenda chinesa que havia um lindo jardim, onde o seu Senhor costumava passear diariamente quando o calor apertava. Nesse jardim existia um lindo “bambu”, que era sem dúvida a planta mais bonita. Dia após dia, o bambu crescia e tornava-se cada vez mais gracioso. Mas, apesar disso, o bambu sentia que não era feliz... faltava-lhe alguma coisa.
Um dia, o Senhor, muito preocupado, aproximou-se da sua árvore muito querida e o bambu com grande veneração baixou a cabeça. O Senhor disse-lhe: “Meu querido bambu, vou precisar de ti!” O bambu sentiu que tinha chegado o seu momento, o dia para o qual tinha nascido. Com grande alegria, mas baixinho, respondeu: “Estou pronto, Senhor, faz de mim o que quiseres.”
“Bambu, para servir-me de ti, é necessário abater-te”, disse o Senhor em voz séria.
O bambu ficou assustado e respondeu: “Abater-me, Senhor, depois de me teres tornado na árvore mais bonita do teu jardim? Não, por favor, não faças isso! Usa-me para tua alegria, mas, por favor, não me abatas.”
“Meu querido bambu, sem abater-te não te poderei usar”, disse-lhe o Senhor.
Fez-se um grande silêncio. O vento parou de soprar e os passarinhos de cantar. Então o bambu baixou ainda mais a cabeça e suspirou: “Senhor, se não me podes usar sem que me abatas, então faz de mim o que quiseres.”
“Meu querido bambu, não devo somente abater-te, mas devo também cortar as tuas folhas e os ramos”, disse-lhe o Senhor.
“O Senhor, não faças isso comigo... deixa-me ao menos as folhas e os ramos”, suplicou o bambu.
“Se não queres que os corte, não poderei usar-te.” Neste momento o Sol