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LARAIA, ROQUE DE BARROS
POUSO ALEGRE BRASIL 15 DE SETEMBRO DE 1935
Parte I
No inicio da primeira parte, o autor mostra a preocupação de estudiosos em relação aos outros povos e compara as várias visões desses antropologos de diferentes épocas, embora que pareçam insuficientes as explicações do determinismo biológico e geográfico para desvendar o comportamento de tais povos, como afirmavam alguns desses estudiosos.
No primeiro capítulo, o autor deixa claro que compartilha do pensamento de que as diferenças genéticas não determinam diferenças culturais, isto é, que o determinismo biológico não influencia o aprendizado e o desenvolvimento de determinada cultura, denominado pelo autor como endoculturação.
A mesma linha de questionamento é encontrada no segundo capítulo sobre o determinismo geográfico, que talvez viesse a influenciar a cultura dos povos, por se encontrarem em espaços físicos diferentes. O autor defende que a cultura age seletivamente e não casualmente e que através de varios estudos sobre vários povos, foi possível constatar que mesmo nos mesmos ambientes, haviam culturas diferentes e que existiam culturas bastante semelhantes em espaços físicos diferentes. No terceiro capítulo da obra, o autor começa a discurtir da historicidade do conceito de cultura, dando continuidade após ter se referido a mesma no final do segundo capítulo como fator de diferenciação da espécie humana em relação às demais. O autor recorre, como ponto fundamental, à definição de cultura dita por Edward Tylor como sendo o “complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer outros hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade, derrubando que tal conceito é uma união de vários pensamentos com a mesma linha ideológica, os quais se desenvolveram em vários estudos como os de John Locke, Turgot,