Saber ver a arquitetura
A arquitetura corresponde a exigências de natureza tão diferentes que descrever adequadamente o seu desenvolvimento significa entender a própria história da civilização dos numerosos fatores que a compõem, que com a presença de todos geram as diferentes concepções espaciais.
Através da esquematização de um processo histórico-crítico podemos explicar os seguintes fatores:
Os pressupostos sociais: Todos os edifícios são resultados de um programa construtivo, que se baseia em costumes e situação econômica e social.
Os pressupostos intelectuais: Quando é respeitado a vontade e o gosto de cada indivíduo.
Os pressupostos técnicos: O progresso das ciências enfatizando a técnica da indústria da contrução e a organização da respectiva mão de obra.
O mundo figurativo e estético: Concepções e interpretações da arte e o vocabulário figurativo.
O conjunto desses fatores mostra o contexto da arquitetura.
Uma vez concluído esses fatores comuns a toda uma época, passa-se à história autêntica das personalidades artísticas e as histórias dos monumentos que se classificam da seguinte forma:
Análise urbanística: história dos espaços exteriores e os efeitos da obra.
Análise arquitetônica: modo de sentir e viver os espaços interiores.
Análise volumétrica: Estudo do envoltório que contém o espaço.
Análise dos elementos decorativos: escultura e da pintura inseridas na arquitetura.
Análise da escala: Relações dimensionais da construção com o parâmetro humano.
Ao escrever o texto ao autor prefere não analisar a fundo monumentos isolados.
“A crítica arquitetônica precisa de uma declaração de independência dos tabus monumentais e arqueológicos, da covardia moral que bloqueia tantas histórias da arquitetura de ir mais além de Valadier.” (ZEVI, pg.56)