Saber Ver a Arquitetura de Bruno Zevi
Ter contato com essa vivência, essa experiência que nos deparamos no nosso dia-a-dia. É diferente das categorias artísticas onde se pode ignorá-las. Com livros, músicas, cinema ou teatro podemos fechar os olhos, por de lado, ou não ir, mas não se pode deixar de ver arquitetura, não se pode fingir que a cidade em toda sua estrutura como um todo não está ali.
A definição mais precisa que se pode dar atualmente da arquitetura é a que leva em conta o espaço interior. A bela arquitetura será a arquitetura que tem um espaço interior que nos atrai, nos agrada, nos dá prazer; a arquitetura desagradável será aquela que tem um espaço interior que nos aborrece, nos entristece, nos espanta…
(...) A experiência espacial própria da arquitetura prolonga-se na cidade, nas ruas e nas praças, nos becos e parques, nos estádios e jardins, onde quer que a obra do homem haja limitado ‘vazios’, isto é; tenha criado espaços fechados.
Ao se afirmar que o espaço interior é a essência da arquitetura, não significa que o valor de uma obra arquitetônica se limita no valor espacial. Cada edifício se caracteriza por seus valores: econômicos, sociais, técnicos, funcionais, artísticos,