Saber ver a arquitetura cap I e II

SABER VER A ARQUITETURA
A ignorância da arquitetura
O publico interessa-se por pintura e musica, por escultura e literatura, mão não por arquitetura. O intelectual que se envergonharia de não conhecer um pintor do nível de Sebastiano Del Piombo e empalideceria se acusassem de ignorar um quadro de Matisse ou uma poesia de Eduard, mais sente-se perfeitamente a vontade ao confessar que não sabem quem é Buontalenti ou Neutra. Assim como não existe uma propaganda adequada para difundir uma boa arquitetura, também não existem instrumentos eficazes para impedir a realização de edifícios horríveis. Existem sem dúvida dificuldades objetivas, e uma incapacidade por parte dos arquitetos, dos historiadores da arquitetura e dos críticos de arte para se fizerem portadores da mensagem arquitetônica. É tarefa da segunda geração de arquitetos modernos, uma vez superado a ruptura psicológica do ato de gestação do movimento funcionalista, restabelecer uma ordem cultural. Passado o tempo da ostentação de novidades e dos manifestos de vanguarda, a arquitetura moderna insere-se na cultura arquitetônica, propondo antes de mais nada uma revisão critica dessa mesma forma. Quando formos capazes de adotar os mesmo critérios de avaliação para a arquitetura contemporânea e para a que foi edificada nos séculos que nos precedem teremos dado um decisivo passo em frente na senda dessa cultura. Muitos dentre os livros recentes falariam por sua parcialidade modernista, por esse entusiasmo continuamente ingênuo dos que descobrem todas as manhãs a revelação funcionalista. Hoje em dia, as coisas se passam de um outro modo: podemos citar em todos os países vários críticos de arte que se ocupam quase que exclusivamente de arquitetura.
Linhas, cor, forma, volumes, massa, espaço-tempo são as palavras - tabu da moderna critica figurativa, que ecoaram na opinião publica com frases aproximativas: foi dito que o artista “estiliza” o humano e