SA DE E CONDI ES DE VIDA DO IDOSO NO BRASIL
1. INTRODUÇÃO
As informações contidas neste artigo são oriundas de dissertação de mestrado1, cuja fonte de informações foi um banco de dados - coletados em inquérito nacional de base domiciliar (Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição), realizado em 1989 - no qual foram entrevistados 63.213 indivíduos, dos quais 4.650 eram idosos de todas as regiões do país.
Considerando o aumento da população idosa no mundo, em especial a dos países em desenvolvimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1989) e outros estudiosos do tema (Kalache, 1993; Malcom, 1993; Kinsella, 1993) recomendam o desenvolvimento de estudos e pesquisas que subsidiem a tomada de decisão e dirijam as ações e prioridades no nível das políticas públicas relativas à terceira idade. Dentre estas recomendações, pode-se ressaltar a necessidade de se realizar análises multidimensionais visando o estabelecimento de um diagnóstico e de indicadores básicos acerca da população idosa, tais como: a) idade, sexo, nível educacional e condições socioeconômicas; b) a descrição dos problemas e necessidades que afetam a população-alvo, com especial ênfase naqueles que influenciam o estado de saúde e o bem-estar geral; c) a busca de dados de morbidade/incapacidade. 2. OBJETIVOS
A partir dessas diretrizes, foi elaborado o presente trabalho, tendo como objetivos estudar: a distribuição da população idosa nas cinco macrorregiões do Brasil e nas zonas rural e urbana; as características do domicílio, o nível de renda e de escolaridade entre os idosos; o índice de massa corporal entre os idosos; a prevalência de cegueira, surdez, paralisia e doença mental e de outros sintomas de saúde referidos por essa população; a procura por atendimento de saúde, a prevalência de internação e do tempo médio de permanência hospitalar dessa população. Estas informações podem ser úteis para o planejamento e o modelo de atenção à saúde, em nível individual ou coletivo, da população idosa no