Rádios Comunitárias
Comunicação em Rádio
Professora Lilian Saback
Turma 13h
"Essa tal de 'Rádio Favela' falando do morro pro morro"
Resenha sobre o texto "Rádios Comunitárias: Exercício da cidadania na estruturação dos movimentos sociais". Por Camila Bertine
As Rádios Comunitárias surgiram num contexto de movimentação popular de diversos cunhos no final da década de 50. Temas como homossexualismo, feminismo e ecologia ganharam voz nas décadas de 60 e 70 com os respectivos integrantes desses grupos. Como citado na página 96 do texto "Rádios Comunitárias (...)", Márcia Vidal Nunes diz que estes movimentos "visam a democratização integral da sociedade".
A comunicação comunitária através das ondas de rádio caracteriza-se pela participação popular - nas anteriormente chamadas "Rádios Livres" - na programação, produção e desenvolvimento, sem qualquer ligação ou envolvimento com a política ou a religião. O filme "Uma Onda no Ar", de Helvécio Ratton, mostra claramente esta participação do povo na rádio. A Rádio Favela FM funciona numa comunidade de Belo Horizonte e tem todo o seu funcionamento sob a responsabilidade dos moradores.
Na página 98, a realidade da Rádio Favela é brilhantemente explicada: "(...) uma rádio pode buscar caráter comunitário se trabalhar com conteúdos retirados do cotidiano local, do que une a todos na vida real e no dia-a-dia. É essa cultura do cotidiano que aproxima e identifica os indivíduos em uma comunidade." Toda a programação é direcionada para aquele público específico, no caso do filme, a favela. Em muitas situações, não se segue um roteiro para as pautas veiculadas na Rádio Favela. As reportagens são sobre os acontecimentos do local, tanto ao vivo quanto por meio de gravações com gravadores simples. Os moradores ligam para a rádio para buscar ajuda na maioria das vezes; são notícias "do morro pro morro", desde